Tuesday, November 18, 2008

Parque Ecológico protege o Funchal

Jornal da Madeira / Região / 2007-10-09

Parque Ecológico protege o Funchal
A principal acção da Câmara Municipal do Funchal para evitar os riscos decorrentes do Inverno é a reflorestação do Parque Ecológico, iniciada no final da década de 90, diz o vereador da tutela.
Henrique Costa Neves sublinha que essa acção é complementada com intervenções anuais na cidade, quer em termos de vigilância e limpeza de ribeiras, quer dos canais de escoamento pluvial (sarjetas e esgotos), realizadas em Setembro.
No Parque Ecológico, foram tomadas duas medidas: a retirada do gado, o que permitiu a regeneração da vegetação das zonas mais altas; e a plantação de espécies indígenas (til, vinhático, loureiro, etc), nas zonas inferiores, após a retirada de espécies invasoras e de maior combustão, como é o caso do eucalipto.
Posto isto, como diz, «é preciso dar tempo à Natureza» para que se regenere, o que diminuirá os riscos para a cidade do Funchal, decorrentes da erosão dos solos, nomeadamente nas épocas de mais chuva.
Nas ribeiras, a autarquia procede à remoção de lixos e árvores tombadas, sendo o ponto alto desta intervenção a acção Clean Up The World, iniciativa mundial a que a CMF aderiu e que decorre no penúltimo fim-de-semana de Setembro. Bombeiros, escuteiros, exército e população participam nesta limpeza, lembra Costa Neves.
A Câmara de São Vicente, por seu turno, tem uma Carta de Riscos, que determina os locais mais propensos a desastres naturais, nomeadamente deslizamentos de terras e inundações, o que permite à autarquia a restrição do licenciamento de construção nessas zonas. Apesar disso, Humberto Vasconcelos considera que a Carta de Riscos e a limitação dos licenciamentos não são suficientes para eliminar todos os prejuízos causados pela Natureza.
É que, conforme lembra, o concelho tem uma orografia propícia à ocorrência de desabamentos de terras, pelo que a Câmara e o Governo Regional têm unido esforços para consolidar as vertentes de estradas mais atingidas por derrocadas.


Anete Marques Joaquim